A
Hipertensão Arterial:
O
aumento da resistência no interior dos vasos periféricos acaba, ao longo do
tempo, por sobrecarregar o coração, rins e cérebro. No coração, os pacientes
hipertensos não-controlados correm o triplo do risco de desenvolverem isquemia
miocárdica (angina ou infarto) e sete vezes mais chances de apresentarem um
derrame cerebral - dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O aumento da
resistência nos vasos acaba ao longo do tempo por sobrecarregar o coração,
levando à sua hipertrofia e aumento.
Outros
problemas decorrentes da hipertensão relacionam-se com a presença de aneurismas
(dilatações) nas grandes artérias, principalmente na aorta.
A
Aterosclerose:
A
maioria das DCV encontradas no adulto estão basicamente relacionadas com a
aterosclerose. Nesta doença, ocorre um acúmulo de gorduras nas artérias, que
vão se obstruindo progressivamente, com maior ou menor velocidade. Menos sangue
passa por estas artérias ocluídas. O processo se inicia ainda na infância, e já
foi detectado até mesmo em bebês. Mas na maioria dos casos as suas
conseqüências irão se manifestar após os 40-50 anos, através do surgimento de
doenças coronarianas, derrames cerebrais, hipertensão, e doença arterial
obstrutiva dos membros.
Alguns
fatores são capazes de alterar a parede interna das artérias, levando a uma
espécie de "inflamação" no local - estes fatores interagem com as
gorduras circulantes no sangue (favorecendo a deposição nas "placas"
e com células do sangue), aumentando a sua aderência. Outros fatores acabam por
aumentar a viscosidade do sangue, que fica mais "grosso". Por
exemplo, o excesso de gorduras no sangue e o tabagismo favorecem a deposição
das placas, além de poderem alterar a viscosidade do sangue.
No
caso das doenças em que há elevação das gorduras no sangue, a aterosclerose
acontece quando os níveis de colesterol sanguíneo superam a capacidade do
organismo de retirar colesterol da circulação, o que faz com que as gorduras
sejam depositadas na parede da artéria.
Diabetes:
Compreende
um grupo de enfermidades caracterizadas por níveis elevados de glicose no
sangue (hiperglicemia). Os sintomas mais comuns são: secreção excessiva de
urina (poliuria), sede (polidpsia) e fome (polifagia) intensas.
O
diabetes pode ser classificado em o diabetes tipo 1, anteriormente denominado
de diabetes mellitus dependente de insulina (IDDM), é mais frequente em
crianças e adolescente, embora possa ocorrer em adultos. O diabetes tipo 1 é uma
doença autoimune caracterizada pela destruição das células beta pancreáticas
pelas células do sistema imune, e os pacientes necessitam de injeções de
insulina exógena para sobreviver. O tipo mais comum é o diabetes tipo 2, está
intimamente relacionado a obesidade e atinge principalmente pessoas com mais de
40 anos. Existem ainda o diabetes gestacional (diabetes durante a gravidez) e
outra menos comum que é a Diabetes insípidus.
Dislipidemias:
Dislipidemias
são alterações da concentração de lipídeos no sangue. Os lipídeos são
responsáveis por várias funções (produção e armazenamento de energia, absorção
de vitaminas, etc.), mas o excesso está relacionado à aterosclerose. Este
processo ocorre em vasos onde há instalação de lesões em forma de placas, causando
obstrução ao fluxo sangüíneo.
As
dislipidemias podem ocorrer às custas de:
Aumento
do colesterol (total + LDL): Hipercolesterolemia pura
Aumento
dos triglicérides: Hipertrigliceridemia pura
Aumento
de colesterol e triglicérides: Dislipidemia mista
Redução
de HDL
Esteatose
hepática:
O
acumulo de gordura no interior dos hepatócitos é um mecanismo natural,
utilizado para estocar energia. A quantidade de energia acumulada na gordura é
muito maior que no açúcar ou na proteína, podendo fornecer ao animal grande
quantidade de energia nos momentos de necessidade. O fígado mantém dois grandes
estoques de energia: a gordura e o glicogênio, que e uma glicose alterada para
ser estocada. Quando permanecemos em jejum e o nível de açúcar no sangue
diminui, hormônios enviam sinal ao fígado para transformar o glicogênio em
glicose e manter o organismo funcionando. Se a falta de comida persistir, a
gordura começa a ser utilizada, mas este processo é mais demorado. Alem disso,
estudos sugerem que as células esteladas do fígado tentam controlar os níveis
de colesterol no sangue transportando o colesterol para dentro do fígado. Os
coelhos, por exemplo, que não tem células esteladas, sofrem muito mais com o
colesterol.
Grupo A (Matheus)